Geraldo Figueiredo
Poeta , mineiro residente em Salvador desde 1985 . Participou dos encontros sabatinos ocorridos no CEPA (Circulo de Estudos Pensamento e Ação ) , onde se expunha a filosofia e literatura. Marcou presença em eventos poéticos como Pos - , , Lida, Sarau da Onça , Poetas da Praça , Autor do livro Alguma Poesia Alguma , pela Editora Organismo .
Fiat lux !
Mãe...
É chegada a hora !
furta -me completo
de fato
o agora
fitar na foto do teu ventre
o feto
bem sei
o meu prazer
nenhuma sorte ignora
nora
teu perfeito filho
é do meu filho
do afeto
repleto fruto
meu neto
Atestado de imunidade
No dia em que um corona
infalivelmente assaltou ao mundo
declarando guerra
Justo a mim , " o metido a besta
mais ousado "
o tresloucado vírus
estendeu a mão
Eu , gato escaldado disse :
_ Não ! Veja se me erra
junte -se à tropa
abandonem a terra
E se me virem
se virem
não viram
virem -se é vão
ou virarei o cão
Viraram - se
e se foram
Num dia me viram
Fingiram
fugiram
Sou são
Apocalipse
Para nós
paranóia .... !
desceu
do
céu
Dom Sebastião
dentro
de
um Cavalo
de Tróia
O mito da alegria
Num dia em que muito bebi
andei a procurar uma tal felicidade
Talvez a data vencida da cachaça
ou a isenção da falta de razão
mas faltou -me
banir o senso crítico
E este senso crítico me persegue
em badaladas sonoras
cantando a custo com a minha
ignorância
mas silenciando
para a minha ausente estupidez
É justo o meu débito
para a compatibilidade
entre o ser alegre e o pensar
E será o pensamento
um vazo de ouro
que mesmo em plena fome
não se vende ?
Há olhos que se arregalem
antigas apostas em mim
que se abalem
Há estranheza em mim
nesse circo
em que o espetáculo se faz
de artistas embriagados
bichos amestrados
Hienas me devorem
com os bicos
antes odiosos que famintos
mas eu não farei coro
E eu me indispus
com a Única Verdade
que me deram
e um " cale -se de vinho "
num cavalo de Tróia
Dei as costas
aos vendilhões de templos
excomungado
constantemente me expulsam
do paraíso
que me impõem
Consciente do exílio
em mim pesam as consequências
são as circunstâncias
nuvens carregadas
mas a alma é leve
posso flutuar com a consciência
Para nós
paranóia .... !
desceu
do
céu
Dom Sebastião
dentro
de
um Cavalo
de Tróia
Num dia em que muito bebi
andei a procurar uma tal felicidade
Talvez a data vencida da cachaça
ou a isenção da falta de razão
mas faltou -me
banir o senso crítico
E este senso crítico me persegue
em badaladas sonoras
cantando a custo com a minha
ignorância
mas silenciando
para a minha ausente estupidez
É justo o meu débito
para a compatibilidade
entre o ser alegre e o pensar
E será o pensamento
um vazo de ouro
que mesmo em plena fome
não se vende ?
Há olhos que se arregalem
antigas apostas em mim
que se abalem
Há estranheza em mim
nesse circo
em que o espetáculo se faz
de artistas embriagados
bichos amestrados
Hienas me devorem
com os bicos
antes odiosos que famintos
mas eu não farei coro
E eu me indispus
com a Única Verdade
que me deram
e um " cale -se de vinho "
num cavalo de Tróia
Dei as costas
aos vendilhões de templos
excomungado
constantemente me expulsam
do paraíso
que me impõem
Consciente do exílio
em mim pesam as consequências
são as circunstâncias
nuvens carregadas
mas a alma é leve
posso flutuar com a consciência
Orapronobis
Será o Benedito ?
Sim ! Depois dele
o " seo " Joaquim !.
Que
não sendo um "notável "
nenhuma nota creditada
ao seu fim
trágico /
é sempre assim...
indigentes
. E assim ...
Natanael
Das Dores
Sebastião
Serafim ...
E
por fim ...
Socorro
Maria do
preta / pobre
parteira que pariu
o morro
morre
por falta de
Será o Benedito ?
Sim ! Depois dele
o " seo " Joaquim !.
Que
não sendo um "notável "
nenhuma nota creditada
ao seu fim
trágico /
é sempre assim...
indigentes
. E assim ...
Natanael
Das Dores
Sebastião
Serafim ...
E
por fim ...
Socorro
Maria do
preta / pobre
parteira que pariu
o morro
morre
por falta de
2 comentários:
O poeta Figueiredo é tímido.
Foi aos poucos que se deu essa nossa amizade, meus amigos poetas já diziam que tínhamos muito em comum, que o nosso gingado com a poesia era característico de quem buscou na poesia refugio. Figa é um daqueles poetas que sua obra é intrínseca, inseparável, é circunstancial...meu amigo é genial.
Belos e necessários poemas de Figueiredo! Simples e profundas, a um só tempo. Dizem do cotidiano, do Brasil, do universal intimista, entre a linguagem direta e metafórica.
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