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13.9.20

Preciosismo

 Não tem poema na gaveta

Era só uma treta

De final

De semanas passadas

Era só questão de ego

De provas amassadas


Não sabemos muitos

Sabemos de nossas famílias

E das coisas q a  instituição delega

Sabemos dos delegados

Dos renegados

Dos descarados


Sabemos da luta

Da luta vil

Do vilão


Sabemos que não só

 de profissionalismo 

Vive a corporação.


Carlos Arouca

Um comentário:

Antônio Capinan disse...

Olá Arouca,

Esse seu poema me fez refletir o ser poeta: Na verdade, o poeta sempre tem poemas fora e dentro das "gavetas". Ele vive em um lugar que pertence só a ele, mas, é necessário, em determinados momentos, emergir para desconstruir o medo e liberta a alma. Às vezes, com uma única palavra, o poeta tem o poder de dizer, de expressar, de transmitir o pulsar da vida com todas as suas certezas incertas da subjetividade. O poeta sabe muito, muito daquilo que lhe toca, que lhe move, que lhe dói... É um catalizador, as vezes solitário, mas sempre pensante ao dialogar consigo mesmo, dialoga com o humano.

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